Sou um pouco purista no que concerne à comida. Considero que, se temos matéria-prima (diga-se ingredientes) de primeira, porquê mascarar os seus sabores com molhos e mais molhos? Aliado a isto há a ideia/convicção de que não é necessário muito para conseguir fazer um prato delicioso.
E a prova está na nossa gastronomia. Muitos dos nossos pratos são simples. Simples na confecção. Mas muito imaginativos no que concerne à forma como os “antigos” aproveitavam o que tinham à mão. Basta pensar nas açordas alentejanas.
Mas voltemos ao título deste texto. Ontem resolvi fazer peixe no forno para o jantar. Não tinha uma receita pré-definida em mente. Era pegar nos ingredientes base, prepará-los e colocar na travessa. O resultado final? Bem… posso dizer que supostamente era uma dose para três refeições… supostamente. Porque não resisti a repetir. E com isso diminui a dose para duas refeições. Acho que isso diz tudo, não?
Ingredientes:
- Batatas qb
- 1 cebola grande
- 2 tomates grandes
- 3 filetes de peixe gato
- 1 copo de vinho branco
- Sal qb
- Alho moído qb
- Gengibre qb
- Pimenta preta qb
- Coentros frescos
Preparação:
Cortar as batatas às rodelas finas e colocar no fundo da travessa. Por cima colocar a cebola cortada às rodelas finas e os filetes de peixe.
Temperar com azeite, sal, alho, gengibre, pimenta e o copo de vinho branco.
No fim cortar os tomates às rodelas e colocar por cima do peixe e terminar polvilhando com coentros frescos.
Leve ao forno (previamente aquecido) a 190 graus durante cerca de 35 minutos.
Nota: há quem descure o vinho utilizado na confecção da comida. Erro crasso. O vinho é um ingrediente como outro qualquer. Se queremos os melhores ingredientes devemos usar, também, bom vinho. Neste caso usei o resto que tinha (sensivelmente um copo) de S. Sebastião Sauvignon Blanc, da Quinta de São Sebastião (texto em breve sobre este vinho, aqui no Here and There). Façam o mesmo. Experimentem usar um bom vinho e vejam a diferença.
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