Durante anos e anos fui a Aveiro. E não passei de Aveiro. Até que, recentemente – e por motivos profissionais – descobri a região. E fiquei maravilhada. Pela natureza, pela história, pela gastronomia, pelas gentes.
E há tanto para ver. Junte o útil ao agradável e passeie pela Ria de Aveiro, mas com um olhar atento aos exemplos de Arte Nova. Aveiro é, talvez, a cidade portuguesa que tem o maior número de exemplares (diga-se fachadas) de Arte Nova em Portugal. Não é por acaso que o museu dedicado a este tema (Museu de Arte Nova) esteja localizado nesta cidade. E vale a pena uma visita. Para perceber de onde e como surgiu esta influência artística e o seu impacto não só na cidade, mas na sociedade em geral.
Mas a região é (muito) mais do que a Ria de Aveiro. A Costa Nova, com as suas casas pitoresca e inconfundíveis, pintadas às riscas, assim como o farol da Barra, o maior farol de Portugal, são exemplos de pontos a visitar. A estes juntam-se as localidades perto. Ílhavo que tem a particularidade de ser o berço da Vista Alegre e de acolher, hoje em dia não só a fábrica, o Museu, mas também o Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel. Um hotel que acaba por seu um tributo e um mostruário da história e talento da Vista Alegre.
E depois… e depois há a Murtosa, que conheci no final do ano passado. Um local que prima pela calma e simplicidade da ria, por uma gastronomia mais simples (mas nem por isso menos saborosa) oriunda dos pescadores. Também interessante observar a arquitectura das casas desta vila. Porquê? Porque é uma vila onde existem muitos emigrantes que fizeram questão de construir a sua casinha com os rendimentos amealhados e que apostaram em algo muito português como revestimento das suas habitações: o azulejo.
Há mais história e histórias na Ria. Algo que não se vê e conhece apenas em algumas horas. Locais que merecem uma viagem com tempo. E novas reportagens (a sair do “forno” nos próximos dias.
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